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Consulta de NEUROLOGIA

Serviço Disponível ao Domicílio

Serviço Disponível na Clínica

Consulta de neurologia ao domicílio e na clínica

A Neurologia é a especialidade que se dedica ao diagnóstico e tratamento das doenças que afetam o sistema nervoso, que se divide em dois componentes: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.

O sistema nervoso central é composto pelo cérebro e medula espinhal. Os nervos, por outro lado, fazem parte do sistema nervoso periférico, conectando o sistema nervoso central aos vários órgãos do nosso corpo e ao sistema musculoesquelético.

O sistema nervoso é fundamental para o processo do movimento e para o correto funcionamento dos restantes órgãos. O cérebro atua como um “centro de comando” que indica às diferentes partes do corpo como se deve mover ou responder em determinadas situações. Os nervos servem como vias de comunicação para emissão desses comandos. Quando existe uma lesão ou doença que compromete esta comunicação, podem surgir doenças neurológicas.

Muitos fatores podem afetar a forma como o sistema nervoso funciona, incluíndo alterações genéticas, problemas hormonais, deformidades congénitas, trauma, doenças auto-imunes, etc.

O objetivo da consulta de neurologia é ajudar a identificar as condições que levam ao mau funcionamento do sistema neurológico, a tratar ou ajudar a gerir este tipo de doenças.

PRINCIPAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS

DEMÊNCIA

Demência é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio cognitivo progressivo. É um termo abrangente que descreve a perda de memória, raciocínio, competências sociais e alterações das reações emocionais normais.

A demência pode surgir em qualquer pessoa, mas é mais frequente a partir dos 65 anos. Face ao envelhecimento da população, prevê-se um aumento substancial desta doença durante as próximas décadas, o que será um grande problema para a sociedade e para as famílias que lidam com esta patologia.

Existe vários tipos de demência, sendo a mais comum a Doença de Alzheimer, constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos. É uma doença progressiva, degenerativa e que afeta as células cerebrais vão sofrendo uma redução, de tamanho e número,  Esta situação impossibilita a comunicação dentro do cérebro e danifica as conexões existentes entre as células cerebrais. Estas acabam por morrer, e isto traduz-se numa incapacidade de recordar ou assimilar a informação. Deste modo, conforme a Doença de Alzheimer vai afetando as várias áreas cerebrais, vão-se perdendo certas funções ou capacidades.

Para além da demência de Alzheimer existe a demência vascular, demência de Parkinson, demência de Corpos de Lewy, demência Fronto-temporal, doença de Huntington, Síndrome de Korsakoff (demência associado ao consumo de álcool).

O objetivo da consulta de Neurologia é orientar o diagnóstico do tipo de demência e ajustar o tratamento por forma a tentar atrasar a sua evolução. É essencial que o diagnóstico médico seja realizado numa fase inicial, quando os primeiros sintomas aparecem, de modo a garantir o acesso mais cedo a apoio, informação e medicação, caso esta esteja disponível.

CEFALEIAS

Cefaleia é a palavra médica utilizada para designar desconforto ou dor de cabeça. De um ponto de vista prático, poderemos dividir as cefaleias em dois grandes grupos:

Cefaleias primárias (ou idiopáticas) – são uma doença em si mesmas, não expressando outros problemas de saúde relacionados. As cefaleias primárias são a maioria (cerca de 90%). Exemplos: cefaleias de tipo tensão, enxaquecas, cefaleias em salva.

Cefaleias Secundárias – são sintomas de doenças do sistema nervoso ou de outros órgãos do corpo humano. As cefaleias secundárias podem traduzir situações comuns. Exemplos: gripe, intoxicação ou abstinência alcoólica, pequenos traumatismos cranianos, hipoglicemia (baixa de açúcar), crise de hipertensão arterial. Podem também estar associadas a doenças graves do sistema nervoso (meningites, tumores, hemorragias por rotura de aneurismas), mas são uma minoria.

A consulta de neurologia tem como objetivo, através da realização da história clínica, exame físico e exame neurológico, realizar o diagnóstico e orientar o tratamento. No caso das cefaleias, é possível introduzir não só o tratamento dos sintomas como realizar tratamento preventivo, por forma a diminuir o número de episódios de cefaleia.

PERTURBAÇÃO DO SONO

A maior parte dos adultos precisa de seis a oito horas de sono por noite para estarem recuperados e despertos durante o dia. Se não dormirem o suficiente ou se o sono for interrompido, podem ter uma perturbação do sono.

Cerca de metade dos adultos sofre de insónia, a perturbação do sono mais comum, que é a dificuldade em adormecer ou em permanecer adormecido. Outras perturbações do sono incluem parassónia ou comportamentos anormais durante o sono, como terrores nocturnos, que afectam as crianças.

Existem muitos fatores que podem interferir com a qualidade do sono, desde fatores ambientais (Jet-Lag, trabalho por turnos, consumo de estimulantes à noite, quarto com más condições para manutenção de um sono de qualidade), a idade, o stress, fadiga, fatores nutricionais e doenças orgânicas (depressão, hipertiroidismo, doença de refluxo gastroesofágico, asma, apneia de sono, neoplasias, etc). Outro fator a ter em consideração é a medicação, sendo que existem alguns medicamentos que interferem com o sono.

O objetivo da consulta de neurologia é tentar perceber qual a causa da perturbação de sono e otimizar as condições para que esta parte importante da nossa vida seja feita com o máximo de qualidade possível.  Eventualmente, o neurologista poderá ter que medicar por forma a minimizar o desconforto das noites mal dormidas.

EPILEPSIA

Epilepsia é um grupo de problemas neurológicos caracterizados pelos ataques epilépticos. Estes ataques são episódios de duração e intensidade variável, desde os de curta duração e praticamente imperceptíveis até longos períodos de agitação vigorosa. Estes ataques são o resultado de atividade excessiva e desorganizada das células nervosas do córtex cerebral. A epilepsia é muitas vezes confirmada através de um eletroencefalograma.

Na maior parte dos casos de epilepsia desconhece-se a origem da doença, embora algumas pessoas desenvolvam epilepsia após lesões cerebrais, AVCs, tumores cerebrais, toxicodependência ou alcoolismo, etc.

O diagnóstico pressupõe a exclusão de outras condições que possam provocar sintomas semelhantes (como a síncope) e perceber se existem quaisquer causas imediatas.

Embora a maior parte dos casos de epilepsia não tenham cura, os ataques podem ser controlados com medicação em mais de 70% dos casos.  Nem todos os casos de epilepsia se prolongam durante toda a vida e há um número significativo de pessoas que melhoram até ao ponto de já não ser necessária qualquer medicação.

PARKINSON E OUTRAS DOENÇAS DO MOVIMENTO

A doença de Parkinson faz parte de um grupo de doenças neurológicas conhecido como distúrbios do movimento. As doenças do movimento são caracterizadas por problemas com a velocidade de execução e coordenação dos movimentos corporais.

A doença de Parkinson encontra-se no grupo de doenças em que há menos movimentos ou movimentos mais lentos do que o normal. É causada pela perda das células nervosas produtoras de dopamina. A falta da dopamina causa os sintomas de lentidão nos movimentos, tremor, alteração da marcha (marcha em pequenos passos), rigidez muscular e alterações do equilíbrio. A idade mais comum do aparecimento dos sintomas é após os 65 anos e  o tratamento depende do tempo de doença e pode ser com medicamentos ou com procedimentos cirúrgicos de neuromodulação cerebral.

Existem outras doenças com sintomas semelhantes à doença de Parkinson. A este grupo de doenças chamamos Parkinsonismo. O parkinsonismo pode ter várias causas. As principais causas de parkinsonismo são: medicações usadas para tratar doenças psiquiátricas e neurológicas, medicamentos usados para tratar problemas do equilíbrio e vertigem (popularmente chamada de Labirintite), outras doenças neurodegenerativas, substâncias tóxicas, drogas, infecções cerebrais, tumores cerebrais, derrames ou hemorragias cerebrais, entre outras causas. Portanto a correta diferenciação dever ser feita pelo médico entre Parkinsonismo e Doença de Parkinson. Pois ambas apresentam maneiras diferentes de tratamento.

O Neurologista diagnostica as doenças de movimento e orienta o seu tratamento, que podem ser ou não farmacológicos, dependendo da condição. É importante uma deteção precoce deste tipo de patologia, pois sendo doenças degenerativas, quando mais cedo iniciarmos o tratamento, maior será a qualidade de vida futura.

OUTRAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS

Para além das patologias indicadas acima, a consulta de neurologia também é importante na avaliação e tratamento de outras doenças:

  • Doenças cérebro-vasculares (AVC)
  • Doenças desmielinizantes (como a Esclerose Múltipla)
  • Neuropatias periféricas (como a diabética)
  • Doenças musculares e de junção (como a Miastenia Gravis)
  • Desmaios/Síncopes
  • Tonturas e vertigens
  • Infecções do sistema nervoso (como meningites e encefalites)
  • Tumores cerebrais
  • Doenças degenerativas
  • Perturbação de hiperatividade e défice de atenção