Introdução
A cervicalgia é mais conhecida como dor de pescoço. Constitui a 2ª queixa mais comum de dor no adulto, só ultrapassada pelas dores de cabeça. Afeta cerca de 50% das pessoas em algum momento da vida.
Os principais factores de risco:
- Ocorre mais nas mulheres;
- Atividades profissionais que obrigam a estar muitas horas sentado;
- Com o aumento da idade existe uma maior a frequência destas queixas;
- O stress e ansiedade causam tensão neste grupo de músculos, o que pode provocar a dor ou agravar a dor pré-existente.
O paciente apresenta dor ao toque, movimentos de menor amplitude, ocorrendo por vezes alterações neurológicas, como a sensação de fraqueza. Ocasionalmente, as alterações podem afectar estruturas como o ombro, o cotovelo e o punho.
Causas da cervicalgia
Cervicalgias mecânicas – é a causa mais comum de dor de pescoço. A cabeça pesa entre 10 a 12 kg e todos os músculos que a compõem estão sempre contraídos, sempre a trabalhar numa posição vertical. Essa carga contínua provoca sintomas, principalmente quando existe utilização excessiva dos músculos e estruturas adjacentes. É o que acontece quando passa muitas horas sentado.
Distensão cervical – Caracteriza-se por dor na parte de trás da cabeça e na área dos ombros, com movimentos limitados, além de áreas dolorosas à palpação. O caso mais recorrente é o torcicolo, sendo o resultado da acumulação de tensão muscular.
Hérnias discais – Numa hérnia discal o que acontece é que parte do disco vertebral (núcleo pulposo) desloca -se para fora devido a uma fraqueza na parte externa do disco, provocando compressão no nervo, dor e limitação de movimentos. Normalmente é uma dor que irradia também para o braço.
Síndrome do chicote (Whiplash) – Ocorre principalmente em acidentes de automóvel, quedas, onde o mecanismo de lesão principal são os movimentos bruscos do acidente.
Osteoartrose da coluna cervical – A artrose cervical é um problema que durará para toda a vida, que se caracteriza por um desgaste natural ao longo dos anos das estruturas que compõem o pescoço. Costuma dar uma dor crónica, muitas vezes difícil de gerir.
Cuidados e prevenção:
O alongamento e fortalecimento são importantes para aumentar amplitude e diminuir tensão muscular acumulada, mantendo o pescoço flexível e móvel.
Tente exercícios simples de modo a alongar e fortalecer as estruturas musculares.
Tratamento
- Tome analgésicos como paracetamol ou ibuprofeno para aliviar a dor. Pode utilizar gel ou pomada com anti-inflamatório directamente sobre o pescoço;
- Utilize sacos de água quente, não com uma temperatura muito elevada, para alívio da tensão muscular;
- Durma numa almofada baixa e dura;
- Corrija a sua postura. A má postura agrava os sintomas e pode ter sido a causa do seu aparecimento;
- Evite o colar cervical. Não existe evidência que melhore a recuperação e é mais vantajoso manter a mobilidade do pescoço;
- Evite conduzir. Com a rigidez dos músculos, no trânsito, poderá ser obrigado a virar a cabeça de forma brusca e isso irá agravará os sintomas;
- Utilize, com cuidado, os exercícios descritos anteriormente.
A dor não passou?
Se a dor não passar após alguns dias, deve consultar o médico. Ele irá investigar se existe alguma causa inexplicada para essa dor e introduzir medicamentos mais fortes. Se achar adequado, poderá ser necessária fisioterapia.
A fisioterapia visa tratar a dor e a inflamação através da electroterapia, termoterapia e cinesioterapia. Está indicada tanto no caso das cervicalgias agudas como crónicas, pois existem métodos adequados para cada estágio. De fato, a fisioterapia diminui bastante tempo necessário para resolver o problema e está formalmente indicado para estes problemas, ao contrário da acupunctura e osteopatia.
A PT Medical disponibiliza uma equipa muito experiente na área da Fisioterapia. Case necessite deste tipo de apoio, fale connosco.
– Telmo Nunes – Fisioterapeuta –